Clássico de Lewis Carroll é inspiração para publicação sobre Pesquisa Narrativa

O clássico da literatura mundial “Alice no País das Maravilhas” serviu como fonte de inspiração para a composição do capítulo “Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”: itinerários de pesquisadores narrativos iniciantes” de autoria de Felipe da Costa Negrão e Luciani Andrade de Andrade, doutorandos da turma de 2022 do Programa de Pós-Graduação em Ensino Tecnológico (PPGET) sob orientação do Dr. Amarildo Menezes Gonzaga.

Ao adotarem a metáfora de Lewis Carroll como horizonte da escrita do texto, os autores ilustram os próprios desafios percorridos até a conquista da consciência do fenômeno de pesquisa a ser estudado no doutorado, considerando que o pesquisador narrativo iniciante encontra pistas de seu processo investigativo ao caminhar, sobretudo porque seu movimento inicial corresponde a imersão em si e na própria experiência (CLANDININ; CONNELLY, 2011).

Os autores reforçam que “se Alice encontrou seu coelho branco. Nós encontramos pistas de como conduzir nossa pesquisa de doutorado com amorosidade e rigor científico. Por mais que relutem com essa (in)tensa combinação, seguimos na propositura de uma Ciência prazerosa, poética e poiética. Uma Ciência que nos (trans)forme e nos permita (trans)formar outras pessoas, ampliando horizontes para fermentar novos modos de pensarfazer pesquisa” (NEGRÃO; ANDRADE; GONZAGA, 2023, p. 426).

O capítulo “Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”: itinerários de pesquisadores narrativos iniciantes” está publicado no livro “(Des)territorialização da vida em percursos investigativos (auto)biográficos” organizado por Nilton Paulo Ponciano, Felipe da Costa Negrão, Caroline Barroncas de Oliveira, Monica Silva Aikawa, Mônica de Oliveira Costa e Rodrigo Matos de Souza. O livro é resultado das pesquisas apresentadas no I Encontro Regional Norte de Pesquisas (Auto)Biográficas, realizado em Manaus, no período de 08 a 10 de fevereiro de 2023, em regime de colaboração entre a Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, a Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica – seccional Região Norte, o Grupo de Estudo e Pesquisa Sobre Processos Formativos de Professores no Ensino Tecnológico (GEPROFET/IFAM), o Grupo de Pesquisa em Sociologia Política da Educação (GRUPESPE/UFAM) e a linha de pesquisa Vidar em In-Tensões do Grupo de Estudo e Pesquisa em Formação de Professores para a Educação em Ciências na Amazônia (GEPEC/UEA).

Na obra, Luciani Andrade de Andrade assina outro texto, intitulado de “Trajetórias de pesquisa em cartas (auto)biográficas” em que conta sua vivência com a metodologia de cartas (auto)biográficas e como esse dispositivo de formação lhe possibilitou a experiência de um olhar para si reflexivo e formativo, ao ponto de contribuir na construção dos percursos iniciais de sua tese de doutorado em andamento. Similarmente, Felipe da Costa Negrão, assina em colaboração com as pesquisadoras Priscila Eduarda Dessimoni Morhy e Alexandra Nascimento de Andrade, o capítulo “Estágio supervisionado em narrativas (auto)biográficas: uma reflexão sobre os desafios da profissão docente” que reúne experiências formativas no campo do Estágio Supervisionado do curso de Ciências Naturais da UFAM e encoraja a adoção da escrita (auto)biográfica para a construção de discussões sobre a formação de professores e os dilemas que envolvem o cotidiano escolar.

O livro completo pode ser acessado em: https://www.rfbeditora.com/ebook-forms-2023-2/(des)territorializa%C3%A7%C3%A3o-da-vida-em-percursos-investigativos-(auto)biogr%C3%A1ficos